“Eu estou vendo o céu aberto!”
Estêvão exclama: “Olhem! Eu estou vendo o céu aberto!” (At 7.56, NTLH).
No derradeiro momento da vida, esse fervoroso cristão vê o céu aberto e
não a escuridão da maldade humana e da morte.
Há nuvens espessas e muito escuras que se colocam entre a criatura e o
Criador. É uma espécie de véu que encobre Deus e as demais realidades.
Isso infelicita muita gente porque os priva de Deus -- sem o qual a alma
geme o tempo todo. É mais fácil e menos complicado crer em Deus do que
não crer nele. No entanto, essa nuvem ou esse véu esconde do homem
aquele por quem ele aspira sem saber.
Como entender a criação sem o
Criador? Como entender a beleza, a ordem, a majestade, a funcionalidade,
a imensidão das coisas criadas sem considerar a existência de Deus?
Como não crer em Deus se não há um povo sequer sem religião, em
qualquer tempo e em qualquer lugar?
Como não crer em Deus se até hoje o
secularismo, o materialismo, o agnosticismo, o ateísmo e as ideologias,
em separado ou todos juntos, não conseguiram apagar da mente humana a
ideia de Deus?
Como não crer em Deus se os escândalos, a perseguição e
as guerras religiosas não foram suficientes para desacreditá-lo por
completo? Como não crer em Deus diante do impasse da morte física e do
mistério que a envolve?
O céu fechado não diz respeito apenas à
incredulidade. Refere-se também à recusa em tratar Deus como Deus. Só
depois de sujeitar-se resoluta e alegremente à soberania de Deus é que o
ser humano pode exclamar: “Eu estou vendo o céu aberto!”.
____ trecho do texto de Ultimato/edição 329
Comentários
Postar um comentário
seu comentário sempre é bem-vindo!