Êxtase provocado pela beleza e pela harmonia da criação!

O Salmo 104 é uma página muito bonita e muito prazerosa das Sagradas Escrituras. Começa e termina com o autoapelo: “Bendiga o Senhor a minha alma!” (Sl 104.1, 35). Entre um apelo e outro, ao longo dos 35 versículos, estão as justificativas desse bendizer do Senhor.
O poema é o resultado de uma contemplação ampla e detalhada, inocente e romântica, agradecida e laudatória. É uma repetição do que já foi dito várias vezes: “Os céus declaram a glória de Deus” (Sl 19.1), “Os céus proclamam a sua justiça” (Sl 50.6) e “Os céus louvam as tuas maravilhas, Senhor” (Sl 89.5). É uma volta ao êxtase provocado pela beleza e pela harmonia da criação: “Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que ali firmaste, pergunto: Que é o homem, para que com ele te importes?” (Sl 8.3-4).
No Salmo 104, o poeta não se esquece de nada. Ele menciona os céus, o sol, a lua, as nuvens, as águas, os montes, os vales, o mar, as árvores, as nascentes, os penhascos, os animais do chão, as aves do céu, os peixes do mar, o pasto, o gado, o vinho, o azeite, o pão, o nascer do sol, o entardecer, o canto das aves e até mesmo as vigas e os fundamentos sobre os quais os céus e a terra estão firmados.
É tudo uma beleza. É tudo uma perfeição. É tudo uma harmonia.
Deus fez das nuvens a sua carruagem, cuja tração está na força do vento (Sl 104.3).
Todos os seres viventes -- na superfície sólida, na superfície gasosa e na superfície líquida -- recolhem da mão aberta de Deus e saciam-se de coisas boas (Sl 104.27-28). Ano após ano, geração após geração.
Sem contemplação não se vê a face de Deus, não se ouve a voz de Deus, não se sente o perfume de Deus, não se percebe a glória de Deus!
____________ de Revista Ultimato/ed345
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